Quintada Brôa

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História

Rafael José da Cunha, nascido em Castelo Branco em 1792 e baptizado na Covilhã no seio de uma família de agricultores de eleição, com estreitas ligações à Casa Real, muito novo ainda percorre a Europa, inteirando-se de grandes inovações no mundo agrícola.
Apercebendo-se que só no Ribatejo as podia pôr em prática; com familiares influentes em Tomar e Torres Novas decide deslocar-se e fixar-se na Golegã em 1817. A partir de então, por arrendamento primeiro, e por aquisição depois, torna-se, como era chamado, no "Príncipe dos Lavradores de Portugal".
Cultivando cereais, vinha e olival, cedo passa também a criador de gado cavalar e de bovinos de trabalho. Em 1817 dá, pois, inicio à sua coudelaria a qual é percursora e atinge a plenitude nos famosos Cavalos Veiga de pura Raça Lusitana, linhagem esta com quase 220 anos de existência, verdadeiro ex-libris do cavalo em Portugal e no Mundo.

Sem descendência directa, pois não casou, assegura no entanto, que todo o seu património continuasse, como até aos dias de hoje, na posse de seus familiares ou de colaboradores mais próximos.

Como curiosidade, refira-se que, quando faleceu, em 1869, Rafael José da Cunha tinha ao seu serviço 220 empregados permanentes e a sua fortuna estava avaliada em 900 contos. Os bens encontram-se descritos num inventário de quase 300 páginas, entre as quais se registou a existência de 796 cabeças de gado bravo, 638 bois de trabalho, 267 cavalos, 2782 ovelhas e 1442 porcos.
Descendentes seus são, portanto, os actuais proprietários da quinta, Senhora Dona Maria Amélia Coimbra de Castro Veiga e seu filho Senhor Manuel de Castro Tavares Veiga.

A Quinta da Brôa tem assim a sua origem na Quinta do Almonda, arrendada em 1829 ao 8°. Conde da Ribeira Grande e que foi depois por Rafael José da Cunha adquirida, em 1831. A prosperidade gerada pelos êxitos de boa administração, atraía os povos da região, pedindo esmola, e a eles lhes dava broa, e daí: um mendigo "ia à broa", passando então o povo a chamar-lhe Quinta da Broa, denominando depois de "Palácio Novo" todo este conjunto habitacional e de assento de lavoura, mandado edificar onde primitivamente teriam existido outras construções.

Situada na Freguesia da Azinhaga, Concelho da Golegã, Distrito de Santarém, é circundada pelo rio Almonda, em cujas férteis aluviões pastoreiam equinos, bovinos e ovinos num enquadramento de rara beleza, que pode ser apreciado do "espargal" sobranceiro e onde se situam o casario e toda a área coberta.

A Quinta da Broa é o centro de um vasto conjunto de explorações agrícolas situadas nos concelhos da Golegã, Chamusca, Rio Maior e Santarém, e, acima de tudo, é o centro de uma reconhecida coudelaria: o ferro Veiga é garantia de qualidade.

Mas a intensa actividade agro-pecuária exigia muito mais e assim, por esses amplos pátios e terreiros, onde a sombra de plátanos seculares embeleza e ameniza, encontramos a cavalariça e casa de arreios, de esmerado bom gosto. Armazéns, telheiros de máquinas e alfaias, lagar de azeite e escritórios, outros dos "cómodos" ali existentes. Noutro extremo, um picadeiro, onde se trabalha, no dia-a-dia, de manhã à noite.
Manuel Tavares Veiga – Sociedade Agrícola, Lda.
Quinta da Brôa – Apartado 2
2150-065 Azinhaga – Golegã - Portugal
Telefone: +351 249 957154
Fax: +351 249 957 370
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